Lesão de menisco: sintomas e tratamento

dez 7, 2018 Blog

Lesão de menisco: sintomas e tratamento

Os meniscos são discos de fibrocartilagem que encontramos nos joelhos e que possuem importante função estabilizadora do joelho e também de absorção de impacto. Um terço das lesões meniscais ocorrem durante a prática esportiva.

A associação da lesão meniscal com a lesão do ligamento cruzado anterior (LCA) é muito comum, sendo encontrado  entre 80 a 90% das lesões meniscais.

Mecanismo de lesão

As lesões meniscais ocorrem com mais frequência devido a trauma, como uma entorse ou como resultado de rápida mudança de direção. Em indivíduos mais velhos, a lesão do menisco pode ocorrer sem história de trauma, causada por processo degenerativo.

Principais funções do menisco

  1. Amortecer o impacto entre o fêmur e a tíbia
  2. Aliviar a pressão sobre a cartilagem articular
  3. Aumentar a área de contato femorotibial
  4. Auxiliar na nutrição da cartilagem
  5. Auxiliar na estabilização da articulação
  6. Limitar a hiperflexão e hiperextensão do joelho

Avaliação da lesão de menisco

Existem alguns testes ortopédicos que avaliam essa estrutura:

  • Teste de McMurray: o paciente será avaliado deitado com quadril e joelhos flexionados. O examinador fará movimentos de rotação e extensão da perna. A presença de dor e/ou estabilidade pode indicar lesão do menisco.

 

  • Teste de compressão de Apley: o paciente econtra-se deitado com joelho flexionado, o avaliador realizará compressão e rotação da perna. Na presença de lesão meniscal, paciente apresentará dor ou estalido.

 

  • Manobra de Steiman: o paciente senta-se com os joelhos flexionados e o avaliador irá realizar rotações da perna, segurando o pé. Se houver dor e/ou estalido na linha articular, provável lesão meniscal presente.

 

  • Marcha de pato: solicita-se para o paciente agachar-se e realizar alguns passos. Na presença de lesão, a dor impede o movimento.

Além disso,  exames de imagem como a ressonância magnético podem confirmar a lesão meniscal.

Sinais e sintomas

  • Dor e estalido na articulação
  • Edema
  • Perda de mobilidade articular
  • Falseio
  • Histórico de trauma físico (direto ou indireto)
  • Testes ortopédicos com resultados positivos

Tratamento

A lesão pode cicatrizar sozinha dependendo do tamanho e da área afetada (zona vascularizada). Se a lesão for grande ou localizada em região não vascularizada, uma cirurgia podersá ser necessária: meniscectomia parcial (retirada do menisco) ou sutura do menisco.

A meniscectomia total já foi uma cirurgia realizada, porém atualmente sabe-se que isso leva a doença articular degenerativa progressiva e, por isso, apenas o mínimo de menisco agora é ressecado (meniscectomia parcial).

Portanto, existem duas possibilidades de tratamento: conservador ou cirúrgico.

Tratamento conservador

Neste caso, o paciente convive com o menisco lesionado, a fisioterapia irá auxiliar no processo de adaptação, promovendo uma reabilitação funcional: controle de dor e inflamação,  fortalecimento, treino de marcha, propriocepção e equilíbrio são alguns dos pontos abordados pela fisioterapia.

Cirurgia

Dependendo da avaliação do médico e se for necessário a realização de cirurgia, existem dois tipos de abordagem cirúrgica: meniscectomia ou sutura.

Fisioterapia pós-cirurgia

Após uma meniscectomia, recomenda-se o início imediato da fisioterapia, que terá como objetivos:

  • Diminuir o quadro inflamatório;
  • Reduzir edema;
  • Restaurar a amplitude de movimento da articulação;
  • Fortalecer musculatura adjacente ao joelho;
  • Treinar a marcha;
  • Melhorar equilíbrio e propriocepção;
  • Melhorar a funcionalidade.

O tempo de recuperação após a meniscectomia dependerá das perdas que ocorreram entre o início da sintomatologia e a cirurgia, tais como:

  • Trofia muscular;
  • Flexibilidade muscular;
  • Marcha;
  • Coordenação sensório-motora.

Dessa forma, pode-se afirmar que a fisioterapia pré-cirurgia é muito importante para a diminuição do tempo de fisioterapia pós-cirurgia.

Além disso, para o tempo de recuperação pós-cirúrgico, deve-se levar em conta o nível de atividade que o paciente desempenha, esportiva ou não.

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