Entorse de tornozelo
A entorse de tornozelo é uma lesão musculoesquelética frequente, com alta prevalência entre a população geral e indivíduos que praticam esportes.
Cerca de 40% de todas as lesões traumáticas do tornozelo ocorrem durante esportes e apesar da alta prevalência e incidência de entorses, apenas 50% dos indivíduos que sofrem esse tipo de lesão procuram atendimento médico.
Sabe-se que uma grande proporção de indivíduos com entorse de tornozelo desenvolverá instabilidade crônica do tornozelo. A instabilidade crônica pode ser definida como queixas persistentes de dor, inchaço e/ou instabilidade combinadas com entorses recorrentes por pelo menos 12 meses após a entorse de tornozelo inicial, o que, por sua vez, pode levar ao afastamento (de longo prazo) do trabalho e esportes.
O diagnóstico adequado, o tratamento e a prevenção da recorrência da lesão podem prevenir o desenvolvimento de sintomas associados a lesões a longo prazo.
Classificação
Em geral, as lesões do tornozelo são classificadas em três graus que representam gravidade crescente das lesões: grau I, leve torção de tornozelo; grau II, lesões moderadas com ruptura parcial de ligamento e grau III, lesão grave por entorse com ruptura total de ligamento.
Fatores de risco
- Fatores de risco intrínsecos
Há uma série de fatores de risco intrínsecos, tais como: ADM (amplitude de movimento) de dorsiflexão limitada, propriocepção reduzida, déficit no controle postural e equilíbrio.
Fatores adicionais que podem contribuir para um aumento risco são: força reduzida, déficit de coordenação, baixa resistência cardiorrespiratória, ADM global de articulação do tornozelo limitada e tempo de reação diminuída. Em relação aos fatores de risco não modificáveis: as mulheres têm risco maior em comparação com os homens .
- Fatores extrínsecos
Tipo de esporte praticado. A maior incidência de entorse de tornozelo foi encontrada para o aerobol, basquete, vôlei, esportes de campo e escalada.
No voleibol, o pouso após um salto é o mais importante fator de risco. Jogar futebol na grama natural, além de ser um defensor (42,3% de todas as entorses) aumenta a incidência de entorse. Em relação ao calçado, calçados com calcanhares mais altos (9,5 cm vs 1,3 cm) aumentam o risco.
Prognóstico
Após uma entorse aguda, a dor diminui rapidamente nas primeiras duas semanas após a lesão. No entanto, uma proporção substancial os pacientes relatam sintomas associados a lesões não resolvidas à longo prazo.
Em estudos que acompanharam pacientes após 1 a 4 anos da lesão, 5% a 46% dos pacientes ainda sentiam dor, 3% a 34% dos pacientes experimentam recorrência de entorse e 33% a 55% dos pacientes relatam instabilidade.
Apesar do tratamento inicial que consiste em imobilizações relativas e reabilitação física (fisioterapia), até 40% dos indivíduos tem apresentado instabilidade crônica após uma entorse de tornozelo. Isto pode indicar que nem todos fatores que contribuem para o sucesso ou fracasso da reabilitação são conhecidos.
Alguns dos conhecidos fatores prognósticos desfavoráveis identificados para o desenvolvimento de instabilidade crônica foram: incapacidade de saltar e aterrissar, deficiências no controle postural dinâmico, alteração cinemática do quadril e falta de estabilidade/aumento da frouxidão ligamentar após uma entorse de tornozelo.
Outros fatores que podem influenciar o prognóstico são a participação esportiva em alto nível, ser jovem, aumento do IMC e maior estatura.
A fisioterapia pode ser útil para melhorar a deficiências após uma entorse e impedir a progressão para a instabilidade do tornozelo.
Tratamento
O tratamento funcional é clinicamente a estratégia de tratamento de escolha para as entorses de tornozelo.
Uma abordagem funcional (3-5 dias de descanso, gelo, compressão e elevação com descarga de peso precoce, após início de exercícios ativos) leva à retomada mais rápida do trabalho e das atividades de vida diária.
Para proteção, suporte de tornozelo (brace) pode ser indicado para facilitar o retorno ao trabalho.
Prevenção
Esforços preventivos contra primeiro episódio de entorse de tornozelo e episódios recorrentes são importantes. Tanto o treinamento neuromuscular (exercícios) e órteses de tornozelo foram provados benéficos como um investimento preventivo devido a custos sociais mais baixos.
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