Capsulite adesiva (Ombro congelado)

ago 27, 2018 Blog

Capsulite adesiva (Ombro congelado)

A capsulite adesiva ou ombro congelado, é uma patologia do ombro caracterizada por fibrose e espessamento da cápsula, com dor progressiva e perda da mobilidade de ombro em todos os planos de movimento da articulação. É uma condição bastante incapacitante para o paciente e a sua resolução pode demorar até 2 anos.

A causa da capsulite adesiva é desconhecida, mas sabe-se que acomete principalmente mulheres entre 40 e 60 anos e pode estar relacionada com lesões prévias como tendinite e síndrome do impacto.

FASES DA CAPSULITE ADESIVA

A evolução clínica passa por 3 fases: inflamatória, rigidez e descongelamento.

A primeira fase pode durar de 2 a 9 meses e caracteriza-se pelo início insidioso dos sintomas, em que a dor noturna se intensifica significativamente, apesar de também existir no período diurno.

A segunda fase, de congelamento ou rigidez, é marcada pela remissão dos sintomas álgicos. Entretanto, a dor persiste no período noturno e piora ao esforço. A fase de congelamento
dura de 3 a 12 meses e há limitação global dos movimentos do ombro.

Na terceira fase, nomeada de descongelamento, há liberação progressiva dos movimentos,
que pode estender até 24 meses. A elasticidade capsuloligamentar começa a ser restabelecida, apesar da possibilidade de permanência de algum grau de limitação funcional.

TRATAMENTO

A fisioterapia deve ser inserida no plano de tratamento o mais breve possível tendo como objetivos principais: controle da dor e melhora da limitação de movimento, afim de diminuir a possibilidade de limitação funcional.

Das diversas técnicas e procedimentos utilizados na fisioterapia para o tratamento da capsulite adesiva, destacam-se os exercícios, a mobilização articular, crioterapia e eletroestimulação transcutânea.

Ainda que a maioria dos pacientes responda satisfatoriamente ao tratamento conservador, alguns casos, especialmente de indivíduos diabéticos, evoluem de forma muito lenta, sem ganhos de amplitude de movimento na fase de congelamento, sugerindo a possibilidade de cirurgia, com o objetivo de abreviar o tempo de evolução da rigidez articular.

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